Mais pose de mãe e menos pose de modelo
Georgina filha, todos nós sabemos que és bonita, que tens um corpo de modelo e que acabaste de dar uma filha ao melhor do mundo. Todos estamos super felizes pela vossa família. Mas, minha querida, acabaste de ser mãe. E imagina, para se ser mãe temos que passar por aquilo que o dicionário de língua portuguesa define como "ato ou efeito de parir, de dar à luz" – o Parto.
E um parto é um parto em todo o mundo, seja ele feito em casa, na ambulância, na rua, num hospital público ou num hospital privado. Seja rápido ou lento, seja complicado ou maravilhoso, seja normal ou cesariana, há uma coisa que ninguém nos tira - a dor. E a seguir ao parto há, imagina: o pós-parto. E este também aparece com dor. A pancada no corpo é grande e não são dois ou três ben-u-rons que a curam – apenas o tempo o pode fazer.
Não me digas que essas mamocas não estão uma desgraça, que não precisas de banhos de água quente para aliviar a pressão do leite, que a zona "down there" está intacta, que não levaste um pontozito, que não precisas de fazer gelo, que há rolha que segure os restos do parto que irão correr por aí abaixo nas próximas semanas. Que te apetece fazer depilação, esticar o cabelo, maquilhar, fazer as unhas e que essa cabeça está tão fresquinha como se tivesses passado uma semana de férias nas Maldivas sem putos a atormentarem-te.
Por isso querida, nos próximos tempos, ninguém te vai cobrar nada se fizeres mais pose de mãe e menos pose de modelo. Ninguém vai levar a mal, pois todos sabemos que vão haver por aí muitas noites mal dormidas, muita confusão nessa cabeça e algum desconforto. Todos temos noção que ter uma família numerosa dá trabalho e ser mãe de quatro crianças das quais três são quase gémeos muito mais.
Todos gostamos da vossa família. Felicidades e Boa sorte.
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