É ser cuidadosa É ser corajosa É sorrir só de olhar É ter algo porque lutar É sonhar É abraçar É ter orgulho É saber que é nosso É ensinar É aprender É chorar É rir É sofrer É amar É ajudar É adivinhar É mudar É ser feliz É estar sempre presente É sê-lo para toda a eternidade É isto e muito mais É o que eu sou agora
Desde sempre ouvi com muita atenção os relatos das outras mamãs sobre o nascimento dos seus bebés.
Desde sempre ouvi as outras mamãs a dizer que o nascimento do seu bebé foi o dia mais feliz da vida delas.
Desde sempre ouvi as outras mamãs a dizer que se emocionaram no momento em que o seu bebé nasceu.
Foi então que quis sentir todas essa emoções.
Foi então que me quis emocionar ao pegar no meu bebé pela primeira vez.
As outras mamãs colocaram-me uma enorme expetativa ao sonhar com o grande dia. Mas não foi bem assim, suas traidoras! :)
Sempre desejei ter um bebé, menina de preferência, o que se concretizou na realidade... O desejo era imenso e eu adorava ouvir as outras mães a contar tudo o que estava relacionado com os seus bebés. Foi então que decidimos que estava na altura. Correu tudo bem, a gravidez foi de termo e muito tranquila.
Posso dizer que a gravidez foi a fase mais feliz da minha vida. Adorei andar com um barrigão, fui muito feliz ao sentir o meu bebé. Amava a minha bebé mesmo antes dela nascer e já me considerava mamã. Quando chegou o momento, estava mais do que preparada, sem nervos e pronta para a receber.
O parto foi longo, mas correu bem (graças ao alivio da epidural), um pouco mais difícil no final. Foi então que ela nasceu...
O grande momento que tanto esperei chegou. Olhei para ela e... tcharam... N-A-D-A!
Não senti emoção...
Não senti felicidade...
Não senti NADA...
Afinal tudo o que as outras mamãs me incutiram durante toda a minha vida não era verdade! Pelo menos para mim não foi... O meu primeiro sentimento foi apenas de responsabilidade. Responsabilidade por aquele ser que trouxe ao mundo.
Olhando para trás, considero que o cansaço não me deixou amar a minha bebé quando a colocaram nos meus braços... Claro que, não sei bem quando, talvez umas horas depois já a amava incondicionalmente, mas senti-me traída por todas as mamãs do mundo.
Mamãs de primeira viagem não se iludam :) Mas não se preocupem isso passa depressa, são as hormonas que nos põe neste estado...
Afinal há outra forma e sentimento ao ver uma vida a nascer...
Comparando as recém mamãs até ao primeiro ano de vida do seu bebé, vamos lá categorizá-las de acordo com o seu tempo disponível e motivação para o exercício:
1) Mãe livre e motivada - É aquela mãe que tem todo o tempo do mundo e tendo com quem deixar o seu bebé aproveita todo o tempinho para perder as gordurinhas que ganhou durante a gravidez! É cuidado com a alimentação, é ginásio, é exercício ao ar livre, são atividades extra e consegue fazer isto tudo e ter imenso tempo livre com o bebé.
2) Mãe ocupada e motivada - É aquela mãe que normalmente trabalha durante todo o dia e mesmo assim consegue arranjar tempo e motivação para perder todas as gordurinhas que ganhou durante a gravidez. Também tem cuidado com alimentação e qualquer tempinho é pretexto para exercício. Esta mãe também consegue ter um tempinho livre com o bebé.
3) Mãe livre e desmotivada - É aquela mãe que tem o tempinho todo livre, mas que não se importa com as gordurinhas extra, ou mesmo que se importe ocupa o seu tempo com outra coisa. No fim do dia pensa “O dia passou muito depressa”, mas olhando para trás nem sabe bem onde passou o tempo. Esta mãe também consegue ter imenso tempo livre com o bebé.
4) Mãe ocupada e desmotivada - É aquela mãe que normalmente trabalha durante o dia e mesmo importando-se com as gordurinhas extras deixadas pela gravidez, não consegue arranjar motivação para as perder! Tenta ter cuidado com a alimentação, mas depois começa sempre a dieta no dia seguinte e exercício só quando o rei faz anos. Mesmo assim consegue ter um tempinho livre para o seu bebé.
Conclusão, olhando para o meu percurso desde que a minha bebé nasceu, posso afirmar que comecei como Mãe livre e motivada, passei para Mãe livre e desmotivada e depois para Mãe ocupada e desmotivada.
Isto tudo porque mal a baby B. nasceu comecei a frequentar aulas pós-parto e tentei ter uma alimentação saudável. Comecei também a frequentar 1x por semana aulas no ginásio. Com isto consegui chegar ao peso que queria. Depois deixei as aulas do pós-parto e desde que comecei a trabalhar a alimentação saudável está meia esquecida!
Ora bem, parece-me que estou a andar para trás! Eh Eh e estou mesmo, já se nota! Raios parta a genética... A minha é mesmo ridícula, não me ajuda em nada!
O bom disto tudo é que qualquer que seja o tipo de mãe, todas arranjamos um tempinho para o nosso bebé...
Visto que sou uma mamã de primeira viagem, todas as mamãs me dão conselhos de como acalmar a minha bebé e quais as técnicas a utilizar para que ela adormeça calmamente!
Muitas falam-me em ligar o secador ou o aspirador ou o exaustor ou colocá-la embrulhada num cobertor, pois tudo isto simula os sons e a sensação de quando os bebés estavam na barriga da mãe... Mas fiquem a saber que nada que termine em ÔR funciona com a minha filha!!! Se eu a deitar a chorar e ela tiver com a birra, há-de chorar, chorar, chorar, gritar e chorar e nunca mais se cala!
Até já coloquei uma aplicação no tablet "Sleep Baby Sleep", onde podemos simular e temporizar esses sons. Pus aquilo a tocar sem ela se aperceber, mas ela mandou-me passear! Às vezes, quando ando a arrumar a casa, coloco-a a dormir a sesta e vou aspirar a casa, mas isso não a faz adormecer.
Portanto cada bebé tem o seu feitio. Hoje falei com a educadora que me disse que a minha bebé não adormece no infantário sem ser na cama, enquanto os outros bebés adormecem em qualquer sítio, até mesmo na espreguiçadeira. Portanto elas já sabem que quando se está a tornar insuportável é mesmo o sono que a está a chegar e têm de ir colocá-la na cama.
Isto traz-me um pequeno problema: é que a qualquer sítio que vá ela não dorme (nem no ovo e muito raramente no carro) e por vezes fica muito chatinha…
Claro que nós, como pais, já sabemos o comportamento dela e também já adaptámos a nossa rotina a isso, sendo que para nós isto já é algo normal…